revelações que descobrem, identificadas com todas as ciências ocultas e os ensinos 
iniciáticos. Na intimidade do Evangelho, as singelas máximas pregadas por Jesus 
identificam-se com todas as leis que regem o próprio Cosmo.

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O Messias, além de Legislador Espiritual, foi o mais avançado cientista encarnado na 

Terra. Rompendo a fronteira cósmica para a salvação do Homem, proporcionou-lhe a 
aquisição de luz planetária, no sentido da libertação definitiva da vossa humanidade. Essa 
é a razão por que o Velho e o Novo Testamento afirmam: “O Messias é o Salvador dos 
Homens.” 

 
PERGUNTA: — Alguns espíritas admitem que o nascimento de Jesus deve ter sido 

diferente do processo comum da genética humana ou sobrenatural, baseados na 
seguinte passagem consignada no Evangelho de São Mateus (Mateus; 11:11), quando 
ele declara: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não apareceu 
alguém maior do que João Batista.” Em virtude de Jesus ser “maior” do que João e, no 
entanto, apontar seu precursor como o maior dos nascidos de mulher, isso induz-nos à 
dúvida quanto à natureza do seu corpo. 

RAMATÍS: — Embora tenha dito que, entre os nascidos de mulher, não apareceu 

alguém maior do que João Batista, Jesus também era um “nascido de mulher”, pois se a 
lenda o assegurou “concebido por obra e graça do Espírito Santo”, Maria, sua mãe, era 
mulher e teve de gerá-lo. A dúvida, portanto, não é quanto a Jesus ter “nascido de mulher”, 
pois isso realmente se verificou, mas apenas quanto à sua origem paterna. O Mestre Galileu 
considerou-se abaixo de João Batista e o exaltou, dizendo que “entre os nascidos de 
mulher, não aparecera outro maior”, porque, além de o considerar um líder superior, jamais 
se vangloriou em sua humildade espiritual. Em conseqüência, Jesus somente explicou que 
“entre os nascidos de mulher”, João Batista era o maior, porque assim ele considerava o seu 
precursor, embora também fosse um outro nascido de mulher. A humildade é uma 
característica das almas iluminadas por virtudes superiores, e, Jesus, espírito excelso e 
humilde, preferiu situar-se abaixo de João Batista e considerar-se apenas um discípulo 
movido pelo mesmo ideal. 

Sem dúvida, a posteridade reconheceu que Jesus era superior a João Batista, seu 

precursor; mas essa conclusão proveio de um conceito alheio e não julgamento em 
causa própria pelo Mestre Cristão. A sua categoria espiritual jamais o faria vangloriar-se 
sobre alguém, ou mesmo dar a entender que o seu nascimento diferia dos demais 
homens. Isso seria humilhar propositadamente o gênero humano e desmentir a natureza 
sublime do anjo, o qual, na sua ternura e piedade, ante o pecador, para não diminuí-lo, 
chega a ocultar sua própria luz. 

 
PERGUNTA: — Diz o Evangelho (Lucas; 24:39-43) que Jesus, logo após sua morte, 

apareceu a dois discípulos na estrada de Emaús e falou com eles, surgindo, também, 
entre os apóstolos, quando Tomé lhe tocou as chagas das mãos para eliminar sua 
dúvida. Semelhantes aparições do Mestre foram fenômenos de materialização ou 
apenas vidência desses discípulos? 

RAMATÍS: — Jesus não viera destruir a Lei; por conseqüência, todos os 

acontecimentos ocorridos em sua vida são frutos de condições lógicas e naturais. 
Quando ele apareceu aos discípulos, na estrada de Emaús, ou na reunião dos apóstolos, 
em que Tomé exigiu-lhe a prova do “toque físico”, isso foi possível graças à presença de 
médiuns poderosos entre eles, os quais lhe proporcionaram o ectoplasma necessário 
para a sua materialização. Em ambos os casos, Jesus materializou-se, porque “todos o 
viram e lhe falaram”. E se assim não fora, só os videntes o teriam identificado e então a 
dúvida permaneceria entre os apóstolos destituídos da faculdade mediúnica da vidência. 
Idêntico fato ocorreu no monte do Tabor, quando Elias e Moisés se materializaram em 
torno do Mestre Jesus, graças à presença desses discípulos e anciãos essênios, que 
podiam doar ectoplasma da melhor qualidade para o êxito do fenômeno. 
 
 

                                                        

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 Nota do médium: - Esse assunto Ramatís o explana satisfatoriamente em sua obra 

O Evangelho à Luz do Cosmo

 

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