próprio mal, aproveitando a impetuosidade, paixão selvagem, cobiça, ambição e o arrojo
dos sediciosos para efetuar as grandes transformações históricas e sociais no mundo.
Escravos dos desejos de glórias ou de riquezas, muitas vezes eles abriram as comportas
da dor e do sofrimento para os seus próprios comparsas das vidas passadas, agindo
como os carrascos implacáveis nas provas de resgate cármico do pretérito. Examinando
as tropelias sangrentas narradas no Velho Testamento, podemos certificar-nos do imenso
número de soldados, comparsas e aventureiros judeus, que naquela época praticaram as
mais bárbaras atrocidades. No entanto, sob o gládio da justiça divina, eis que eles
retomaram à carne travestidos ainda na figura de judeus, porém, humilhados e vítimas dos
nazistas nos famigerados campos de concentração e em mortes cruéis, para resgatar os
débitos clamorosos do pretérito.
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Mas a Lei aproveita esses homens atrabiliários e cruéis e os mobiliza como matéria-
prima para trazer o Bem pelo Mal, pois eles aproximam povos, fundem fronteiras,
derrubam tiranias, extinguem feudos seculares, sacodem o pó das velhas dinastias, abrem
clareira para novas relações humanas, proporcionando o ambiente eletivo para novos
ensaios políticos e sociais de vida entre os sobreviventes. Durante a Revolução Francesa
cometeram-se as mais bárbaras atrocidades e injustiças sob o
slogan
esperançoso de
“Liberdade, Fraternidade e Igualdade”. A pilhagem foi organizada e oficializada pelos
poderes dominantes; dela não se beneficiaram apenas os pobres e os injustiçados, mas
também os oportunistas, os delinqüentes e os facínoras, espécie de corvos adejando
sobre a carniça. Mas, paradoxalmente, desse movimento sangrento e sarcasticamente
amparado pelos próprios conceitos da moral superior, nasceram os princípios que depois
consolidaram uma jurisprudência mais digna e a soberania popular pela doutrina da
Democracia.
Quantas vezes surgem da ralé indivíduos inexpressivos, que se projetam no furor dos
empreendimentos e das tropelias sangrentas, ávidos de gloríolas mundanas e festejados
pelas multidões tolas, dominados pelo cabotinismo e pela paranóia perigosa? Servis,
incultos, temerosos, enfermiços, frustrados, miseráveis e impotentes, depois se tornam
monstros, bárbaros, impiedosos, cínicos, irascíveis, brutos e orgulhosos, quando são
guindados ao poder absoluto, passam a desforrar-se dos mínimos vexames e
ressentimentos que acumularam durante os seus dias inexpressivos e desfavoráveis!
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No entanto, Jesus sempre foi criatura pacífica, de atitudes claras e honestas,
esclarecendo que o seu “reino não era deste mundo”, e cuja conduta não era dúbia, nem
capciosa, jamais se assemelhando a quaisquer sediciosos do mundo. Nunca praticou em
sua vida qualquer ato de rebeldia, desforra ou crueldade que pudesse nivelá-lo à conduta
dos homens despóticos e belicosos. O seu bom senso sempre aconselhava aos homens
“dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”; a sua autoridade espiritual
merece o culto de todas as escolas espiritualistas do mundo, que lhe cultuam a memória
na conta de um elevado Mestre. Os esoteristas, teosofistas, rosa-cruzes e iogues
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Nota do Médium: — Segundo certo comunicado mediúnico por entidade de reconhecido critério espiritual, Hitler,
no passado, foi o rei Davi e comandou inúmeras vezes as hecatombes sangrentas registradas amiúde, na Bíblia.
Mas, de acordo com a lei de “quem com ferro fere com ferro será ferido”, o seu espírito retornou à Terra, na
Alemanha, e, sob a injunção do Carma, abriu as comportas do sofrimento redentor para os seus próprios comparsas
e soldados que comandou outrora e lhe cumpriram fielmente as ordens bárbaras. Assim, os mesmos judeus que ele
trucidou neste século, nos campos de concentração, já tinham vivido com ele e eram os mesmos soldados e
comparsas impiedosos, afeitos aos massacres dos povos vencidos. Como exemplo a esmo das barbaridades
cometidas pelo rei Davi e seus exércitos, no passado, eis o que se encontra em II Samuel, 12:31 e transcrevemos:
“E trazendo os seus moradores, os mandou serrar; e que passassem por cima deles carroças ferradas; e que os
fizessem em pedaços com cutelos; e os botassem em fornos de cozer tijolos; assim o fez com todas as cidades dos
amonitas; e voltou Davi com todo o seu exército para Jerusalém.”
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Nota do Revisor: — É ainda o caso de Hitler, que, em sua juventude, foi indivíduo enfermiço, ignorante, taciturno
e pobre, malsucedido com os amigos e sustentando-se mediante trabalhos rudes e humildes, tais como limpar ruas,
carregar bagagens, servir de pedreiro, puxar terras ou remover neve, conseguindo, a muito custo, a divisa de cabo
na cozinha do exército alemão. No entanto, quando assumiu o poder na Alemanha, então, ele vingou-se
furiosamente de todas as mágoas e ressentimentos que sofrera na juventude, por parte da sociedade, dos militares
e dos judeus especuladores. Dominado pela megalomania de profunda exaltação de um misticismo egocêntrico e
mórbido, que o fazia supor-se um predestinado para dominar e dirigir o mundo, extravasou o seu furor paranóico e
atrabiliário, a sua perversidade e vingança, causando a catástrofe guerreira de 1939, onde foram organizados os
diabólicos campos de concentração e as câmaras de gás para extinguir e assassinar os judeus.
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