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Jesus e os essênios 

 
 
 
 
 
 

 
PERGUNTA: — Algumas obras esotéricas, principalmente da “Fraternidade Rosa-

Cruz”, afirmam que o Mestre Jesus viveu entre os Essênios, os quais influíram bastante na 
sua obra cristã. No entanto, outras obras, inclusive mediúnicas, asseguram que isso não 
aconteceu. Que dizeis a respeito? 

RAMATÍS: — Jesus, realmente, esteve em contato com os Essênios durante algum 

tempo e conheceu-lhes os costumes, as austeras virtudes, assim como teve 
oportunidade de apreciar-lhes as cerimônias singelas dos santuários menores, externos, 
e os ritos mais sugestivos do “Círculo Interno”. Muitos dos seus gestos, práticas e atos 
do mundo profano deixavam perceber as características essênias de elevado teor 
espiritual, pois eles guardavam muita semelhança com os primeiros cristãos. 

Aliás, Jesus, como entidade de elevada estirpe sideral e insaciável na pesquisa do 

espírito imortal, ou na verdadeira vida do homem, jamais deixaria de procurar os 
Essênios e conhecer-lhes as idéias, pois os mesmos já ensinavam o amor a Deus e ao 
próximo, criam na imortalidade da alma e na reencarnação. Todas as religiões, seitas e 
movimentos espiritualistas da época foram alvo da atenção de Jesus, cuja mente 
privilegiada assimilava imediatamente a essência benfeitora e se desocupava das 
fórmulas exteriores. Seria bastante estranhável e um formal desmentido ao tipo espiritual 
avançado do Mestre Jesus, caso ele tivesse conhecimento da existência dos Essênios, 
na própria Galiléia, e jamais se interessasse de um contato instrutivo. 

 
PERGUNTA: — Mas por que não chegaram até nós as provas de que Jesus viveu 

entre os Essênios? 

RAMATÍS: — Porque o Mestre não pertenceu, não se filiou propriamente à Confraria 

dos Essênios, mas entreteve relações amistosas, embora tenha participado dos ritos 
internos, que os próprios mentores Essênios os achavam dispensáveis para uma 
entidade do seu quilate. Acresce, que os Essênios do “Círculo Interno”, cujas práticas 
ficaram ignoradas dos profanos, faziam questão cerrada de se conservarem no mais 
absoluto anonimato, o que levou os historiadores a descrerem de sua existência, exceto 
quanto aos terapeutas ou adeptos externos. 

Acontece, também, que Jesus jamais propalou a sua condição de membro honorário 

da Confraria dos Essênios, onde o sigilo era um voto de severa responsabilidade moral. 

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