Algumas palavras 

Prezados leitores. 

Cabe-nos dar algumas breves explicações a respeito desta obra intitulada 

O Sublime 

Peregrino

. Não se trata propriamente de uma história de Jesus em absoluta cronologia 

com todos os seus passos na Terra. Calcula-se que já ultrapassam 7.000 as obras 
escritas sobre sua existência, e todas elas fundamentadas ou baseadas nos relatos 
evangélicos de Mateus, Lucas, João e Marcos, que são a única fonte biográfica de 
referência oficial da passagem do Mestre Cristão entre os homens. Em conseqüência, 
achamos que seria desperdício de tempo tentarmos com Ramatís mais uma “Vida de 
Jesus” nos moldes das biografias já existentes, as quais nos apresentam tantos aspectos 
dele, que até nos parecem tratar-se de centenas de indivíduos diferentes. 

Então, preferimos indagar a Ramatís quanto aos principais fatos da existência do 

Amado Mestre Jesus, mas sem qualquer receio de tabus, proibições, dogmas, 
pieguismo, crenças e interesses religiosos, malgrado isso possa causar choques 
emotivos nos tradicionais e protestos dos mais sentimentalistas, ainda condicionados às 
tradições religiosas. Sabíamos que Ramatís fora conhecido filósofo egípcio, no tempo de 
Jesus, e assim poderia dizer-nos algo daquela época e da vida do próprio Mestre. 
Mobilizamos assuntos nevrálgicos e perguntas até impertinentes sobre Jesus de Nazaré, 
oRedentor da humanidade, mas procuramos conhecê-lo como o homem incomum,
magnífico e santificado, que seria mais lógico, em vez do Mito alvo da adoração fanática
e inconsciente imposta pelos dogmas da especulação religiosa organizada. Ademais,
queríamos saber quanto a sua “descida” à Terra, sua identidade sideral, porque nascera
na Judéia, qual o processo técnico de sua encarnação, o seu contato com os Essênios,
a natureza da traição de Judas, a realidade dos seus milagres e feitos, os motivos
óbvios de sua condenação à cruz, o seu julgamento perante o Sinédrio e Pilatos, a
razão das passagens evangélicas que lhe desmentem a bondade e a tolerância, a
verdade ou fantasia do Cristo Planetário e, finalmente, qual fora a sua contextura
humana, física ou fluídica.

Quanto às simpatias ou antipatias, censuras ou elogios, é problema que não nos 

preocupa, uma vez que a nossa intenção é servir e ser útil a uma causa espiritual de 
amplitude coletiva, quaisquer que sejam as críticas humanas a respeito de nossa tarefa. 
Antevemos os protestos de certos setores religiosos grampeados ainda ao subjetivismo 
dos “milagres” e das fantasias mitológicas; chegando até a admitir que o próprio Deus se 
travestiu de homem para então poder salvar a humanidade. E também discordarão 
desta obra os espiritualistas que admitem a excentricidade de um Jesus fluídico, a 
competir com os homens mediante o privilégio de uma natureza humana diferente das 
leis biológicas da procriação. 

Na função de médium de Ramatís, tudo fizemos para recepcionar o seu 

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