rebeldes ao Amor do seu Cristo!
Quando chega a época de “Fim de Tempo”, ou de limpeza astralina de um orbe, então
emigram os espíritos trevosos e rebeldes que lhes infestam a aura e reduzem a freqüência
vibratória da luz crística provinda do interior. Depois de afastados da aura do orbe
higienizado, é óbvio que este também se mostra menos denso na sua contextura astralina
e por isso aflora maior quantidade de Luz do seu Cristo planetário ao ambiente
selecionado. Essa operação de técnica sideral, João enuncia no Apocalipse, ao dizer que
“o poder do seu Cristo foi restabelecido após a expulsão de Satanás”. Usando de exemplo
rudimentar, diríamos que a simples providência de se espanar uma lâmpada obscurecida
pelo pó, permite-lhe maior projeção de sua luz em torno. É por isso que a “Segunda vinda
do Cristo” será exclusivamente pela via interna do espírito do homem, e não conforme
descreve a mitologia religiosa, pois quanto mais se sensibiliza o ser, mais ele poderá
absorver a luz espiritual do seu Cristo.
Em conseqüência, o divino Logos ou Cristo já atuou através de Moisés, Krishna,
Isaías, Zaratrusta, Zoroastro, Buda, Maomé, Confúcio, Fo-Hi, Anfión, Numu e muitos
outros instrumentos humanos. Mas Jesus foi o mais fiel intérprete do Cristo planetário, na
Terra; ao completar 30 anos de idade física, quando lhe baixa sobre a cabeça a pomba
simbólica do Espírito Santo, durante o batismo efetuado por João Batista, Jesus passou a
viver, minuto a minuto, as fases messiânicas do plano espiritual, traçado pelo seu elevado
mentor, o Cristo ou Arcanjo do orbe.
PERGUNTA: — Poderíeis apontar-nos alguma passagem bíblica cuja clareza nos
dispense de interpretações dúbias, distinguindo o Cristo de Jesus?
RAMATÍS: — É muito significativo o diálogo que ocorre entre Jesus e Simão Pedro e
os demais apóstolos, quando ele lhes indaga: “E vós que dizeis que eu sou?” E Pedro
responde-lhe: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo.” Finalmente, depois de certa reflexão,
Jesus então mandou seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus Cristo
(Lucas, 9:20,21; Mateus, 16:15,16,20).
Nesse relato, Jesus admitiu representar outro ser, o Cristo, além de si, e que há muito
tempo o inspirava e fora percebido intuitivamente por Simão Pedro. Falando mais tarde às
turbas e aos apóstolos, o Mestre Jesus esclarece a sua condição excepcional de
medianeiro do Cristo, não deixando qualquer dúvida ao se expressar do seguinte modo:
“Mas vós não queirais ser chamados Mestre, porque um só é o vosso Mestre, e vós sois
todos irmãos. Nem vos intituleis Mestres; porque um só é o vosso Mestre — o Cristo!”
(Mateus, 23:8,10). É evidente que Jesus, falando na primeira pessoa e referindo-se ao
Cristo na segunda pessoa, tinha o propósito de destacá-lo completamente de sua própria
identidade, porque, em face de sua reconhecida humildade, jamais ele se intitularia um
Mestre. Aliás, inúmeras passagens do “Novo Testamento” fazem referências a Jesus e o
chamam o Cristo (Mateus 27:17,22), pressupondo-nos que mais tarde ele chegou a
admitir-se como o Cristo, o “Ungido” ou “Enviado”.
E se Jesus não esclareceu melhor o assunto, assim o fez em virtude dos apóstolos
não poderem especular sobre a realidade de que ele pudesse ter uma entidade, e o Cristo
outra; assim como a falta de cultura, própria da época, não lhes permitia raciocínios tão
profundos como a idéia de arcanjo planetário.
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Nota do Revisor: - Recomendamos a leitura do cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação”, da obra
Mensagens do Astral
, de Ramatís, que explica minuciosamente as particularidades dos Cristos Planetários e
Constelares, e, em particular, a excelente obra “Assim dizia Jesus”, de Huberto Rohden, quanto ao capítulo
“Ninguém vai ao Pai a não ser por mim”, em que o autor faz proficiente estudo sobre a diferença entre o Cristo e
Jesus.
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