vibratória que separava o seu mundo espiritual da pulsação letárgica da matéria. Desde 
que Jesus não era um pecador em busca de sua redenção espiritual no mundo físico, 
mas sublime Instrutor em missão de esclarecimento aos terrícolas, obviamente ele 
merecia a melhor assistência possível para a consecução de sua obra. Um professor 
pode ministrar lições aos seus alunos, embora só vestindo um traje de linho em manhã 
de rigoroso inverno, mas ele há de sentir-se melhor e produzir mais, se vestir um casaco 
protetor de lã. Jesus também poderia lecionar com êxito aos habitantes da Terra, 
embora mergulhado num campo fluídico mais impuro. No entanto, tratando-se de um 
Mestre inconfundível e digno do maior respeito, as suas lições foram mais proveitosas 
porque o Alto situou-o num campo vibratório astronômico mais favorável à sensibilização 
psíquica dos seus alunos terrícolas. 

Aliás, o puro e o impuro na concepção humana são apenas duas palavras que 

tentam definir circunstâncias relativas, cuja existência não depende de tais palavras. 
Que são as palavras, senão uma tentativa do homem em definir as coisas que já 
existem antes de suas próprias palavras? 

 
PERGUNTA: — Finalmente, qual foi a natureza característica da influência do signo 

de Pisces sobre Jesus, sua obra e seus apóstolos? 

RAMATÍS: — Como um signo dura 2.160 anos e o advento de Jesus se fez há 

2.000 anos, isto é, depois de ter-se iniciado o signo de Pisces, então a humanidade do 
Terceiro Milênio há de viver sob a influência de outro signo, o próximo, que é Aquário. 
Sob este signo os homens tendem a desenvolver a mente e a consolidar, em definitivo, 
as qualidades despertas e cultivadas sob o signo de Pisces. A linguagem poética da 
Astrologia assim se refere sobre os homens nascidos sob o signo de Pisces: “São 
profundamente emotivos, irradiando simpatia, mesmo quando rudes ou fracos; inquietos, 
interessam-se pela sua vida psíquica; são receptivos às mensagens elevadas, 
hospitaleiros e desinteressados; são românticos, sonhadores e conhecidos por médiuns; 
sofrem e se amarguram quando ofendem ou prejudicam alguém; podem falhar na 
primeira investida ao ideal superior, mas corrigem sua indecisão, e às vezes o fazem 
com o sacrifício da própria vida.” 
       Embora considerando-se que tais qualidades já devem existir enraizadas nos indivíduos, 
mesmo antes da influência de um signo astrológico, como Pisces, o certo é que tanto os 
Essênios, como os cristãos, ajustam-se perfeitamente a essa definição. O signo de Pisces ou 
de Peixes, deixou sua marca inconfundível nos empreendimentos de Jesus. O próprio Mestre 
ficou conhecido como o “Pescador de Almas” e os seus primeiros discípulos foram 
pescadores; a senha que usavam entre si era a figura de dois peixes entrelaçados; a própria 
Igreja ainda conserva nas mitras dos seus bispos a forma exata de uma cabeça de peixe; e 
na Quaresma proíbe a carne, mas não o peixe! Os cristãos consideravam a figura do peixe 
como símbolo da pureza genética, pelo seu modo de procriar, independente de contato direto 
entre macho e fêmea, e pela sua vida no seio da água, fonte principal da vida e da qual o 
“homem terá de renascer”, na linguagem de Jesus. Diante de Pedro, Jesus convidou-o para 
ser um “pescador de homens”, e Francisco de Assis, seu admirável discípulo, fazia preleções 
aos peixes!... 

 
 

 
 
 
 
 
 

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