entanto, desde os velhos iniciados dos Vedas e dos instrutores da dinastia de Rama,
esse tempo de expansão, que é justamente quando Deus cria e depois dissolve o
Universo exterior, é conhecido por “Manvantara”, e significa um período de atividade e
não de repouso, podendo ser concebido no Ocidente como um “Grande Plano” ou
“Respiração” completa do Criador, dividida na diástole e sístole cósmica.
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Em suma:
aquilo que para Deus se sucede no “tempo” simbólico de um segundo terrestre, para
nós, suas criaturas, abrange 4.320.000.000 de anos terrestres. Isto significa para Ele a
sensação comum que tereis com os fogos de artifício. O Cosmo, eliminada a idéia de
tempo e espaço, é apenas uma eterna “Noite Feérica” e infinita festa de Beleza
policrômica, decorrendo sob a visão dos Espíritos Reveladores da Vontade e da Mente
Criadora dos Mundos.
O Universo é a sucessão consecutiva de “Manvantaras” ou “Grandes Planos”, a se
substituírem uns aos outros, nos quais formam-se também as consciências individuais,
que nascidas absolutamente ignorantes e lançadas na corrente evolutiva das cadeias
planetárias, elas despertam, crescem, expandem-se, absorvem o “bem” e o “mal” relativos
às faixas ou zonas onde estacionam e depois, conscientes do seu próprio destino, atingem
o grau de angelitude. Deste modo, os espíritos angélicos, como consciências participantes
do Grande Plano, passam então a orientar e “guiar” aqueles seus irmãos, almas “infantis”
que vão surgir no próximo Grande Plano ou “Manvantara” vindouro. Esta é a Lei Eterna e
Justa; os “maiores” ensinam os “menores” a conquistarem também sua própria Ventura
Imortal.
A consciência espiritual do homem, à medida que cresce esfericamente, funde os
limites do tempo e do espaço para atuar noutras dimensões indescritíveis; abrange,
então, cada vez mais, a magnificência real do Universo em si mesma, e se transforma
em Mago a criar outras consciências menores em sua própria Consciência Sideral.
A criatura humana, que vive adstrita ao simbolismo de tempo e espaço, precisa de ponto
de apoio para firmar sua mente e compreender algo da criação cósmica e da existência de
Deus. Os Grandes Iniciados têm amenizado essa dificuldade compondo diagramas especiais
e graduado as diversas fases da descida do Espírito até a expressão matéria, como no caso
dos “Manvantaras” ou Grandes Planos, em que avaliam os ritmos criadores mais importantes
para auxiliar o entendimento do homem e fazê-lo sentir o processo inteligente de sua própria
vida. É uma redução acessível ao pensamento humano, embora muito aquém da Realidade
Cósmica, mas é a expressão gráfica mais fiel possível. Os hermetistas, hinduístas, taoístas,
iogues, teosofistas, rosa-cruzes e esoteristas têm norteado os seus estudos com êxito sob
esses gráficos inspirados pelos Mentores Siderais desde a extinta Atlântida.
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Da mesma forma, os Mestres Siderais necessitam de alicerçar os eventos da
Criação dentro de um programa de previsão disciplinada, para que os acontecimentos
de maior importância, a ocorrerem nos orbes planetários, como a descida de Instrutores
Espirituais, efetuem-se em perfeita concordância com as fases evolutivas das
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Nota do Revisor: — Sob admirável coincidência, justamente quando revíamos as provas do presente capítulo,
surpreendemo-nos pelo artigo “Universo em Expansão”, de Mendél Creitchinann, publicado no jornal
O Estado do
Paraná
, de domingo, dia 17 de janeiro de 1965, cujo trecho de interesse transcrevemos a seguir: “UNIVERSO EM
EXPANSÃO — A solução de Friedman, matemático russo, das equações de Einstein acerca do universo, conduziu
à possibilidade de um Universo em expansão ou contração. Como relatamos em capítulo anterior, esse matemático
descobriu um engano na solução final das equações sobre o universo elaboradas por Einstein. Um dos tipos de
Universo que as equações indicam é o que chama Gamow de pulsante.
Admite este modelo que, quando o universo atingisse uma certa expansão máxima permissível, começaria a
contrair-se. A contração avançaria até que sua matéria tivesse sido comprimida até uma densidade máxima,
possivelmente a do material nuclear atômico, que é uma centena de milhões de vezes mais denso que a água. Que
começaria então novamente a expandir-se, e assim por diante através do ciclo até o infinito.”
Hosanas, pois, aos velhos mestres do Oriente, que há mais de 4.000 anos vêm ensinando o “Universo Pulsante”
através dos Manvantaras, da Grande Respiração ou Pulsação de Brahma, ou Deus, cuja diástole e sístole cósmicas
correspondem exatamente à concepção de um Universo em expansão e contração, da nova teoria científica dos
astrônomos modernos. Pouco a pouco desvendam-se os símbolos da escolástica hindu, e graças à cooperação da
própria ciência acadêmica, ergue-se o “Véu de ísis” e surge o ensinamento ocultista oriental em todo o seu
preciosismo e exatidão científica.
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Vide:
Mensagens do Astral
, cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação”; “A Sabedoria Antiga”, de Annie
Besant,
A Doutrina Secreta
, de Blavatsky,
O Conceito Rosa-Cruz do Cosmo
, de Max Handel, cujas obras, embora
apresentem esquemas e expressões peculiares, ajudam os leitores à maior receptividade do processo real da
Criação e da Vida Imortal.
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