4. 

Considerações sobre o “Grande Plano” e o Calendário Sideral 

 
 
 
 
 
 

 
PERGUNTA: — Que se pode compreender por um “Grande Plano” de 

aperfeiçoamento dos orbes e das humanidades, que referistes há pouco? 

RAMATÍS: — Em outra obra de nossa autoria já descrevemos com certas minúcias o 

objeto de vossa pergunta, mas vos daremos outra vez uma breve síntese do mesmo 
assunto.

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 O Grande Plano, ou “Manvantara” da escolástica oriental, que os hindus 

também classificam de uma “pulsação” ou “respiração” completa de Brahma, ou de 
DEUS, é considerado o “tempo exato” em que o Espírito Divino “desce” até formar a 
matéria e depois a dissolve novamente, retornando à sua expressão anterior. Um Grande 
Plano abrange a gênese e o desaparecimento do Universo exterior e compreende 
4.320.000.000 de anos do calendário terreno, dividido em duas fases de 2.160.000.000 
anos, assim denominadas: o “Dia de Brahma”, quando Deus expira ou se processa a 
descida angélica até atingir a fase derradeira da matéria ou “energia condensada”; a 
“Noite de Brahma”, quando Deus então aspira ou dissolve o Cosmo exterior constituído 
pelas formas. Assim, cada fase chamada o “Dia de Brahma” e a “Noite de Brahma” perfaz 
o tempo de 2.160.000.000 anos terrestres, somando ambas o total de 4.320.000.000 
anos, em cujo tempo DEUS completa uma “Pulsação” ou “Respiração”, subentendidas 
pela mentalidade ocidental ocultista como um Grande Plano na Criação Eterna.

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Assegura a vossa ciência que o Universo se encontra em fase de contínua 

expansão; assemelha-se a gigantesca explosão dilatando-se em todos os sentidos. 
Efetivamente, a imagem está próxima da realidade; entretanto, como o tempo no vosso 
mundo é relativo ao calendário humano, não podeis avaliar essa explosão na eternidade 
da Mente Divina. Para Deus, esse acontecimento entre principiar e cessar a explosão é 
tão instantâneo como o explosivo que rebenta no espaço de um segundo terrestre. No 

                                                        

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 Vide a obra 

Mensagens do Astral

, de Ramatís, cap. “Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação”, no qual se 

esmiúça com bastante clareza o que se compreende por um “Grande Plano” ou “Respiração” de Brahma. 
 

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 Conforme os Vedas, “uma respiração ou pulsação macrocósmica de Brahma ou Deus, corresponde a uma 

respiração microcósmica do homem”. Os hindus também costumam definir por Manvantara um período de atividade 
planetária com suas sete raças. 
 

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