humana do planeta Terra; e, dali por diante, à medida que ele se desenvolvia no 
comando do seu corpo carnal, também aumentava, paralelamente, a sua personalidade 
espiritual. Felizmente, o mecanismo sideral funcionara a contento, embora os seus 
responsáveis tenham enfrentado problemas graves, imprevistos e perigosas ciladas dos 
espíritos inferiores. Graças ao esforço e devotamento incompreensíveis para os 
terrícolas, o Sublime Peregrino, descido das regiões mais excelsas, alcançou a face do 
orbe terráqueo no tempo previsto. Assumindo a posse do seu delicado instrumento 
carnal, ele iniciou a sua viagem messiânica pelo deserto da incompreensão humana, 
culminando em sacrificar sua própria vida para redimir os seus irmãos encarnados. 

Desde a formação do planeta Terra, os sociólogos Siderais previram no esquema 

evolutivo do orbe, e no tempo exato, a “descida” de todos os instrutores espirituais, 
destinados a participar dos grandes eventos da sua humanidade. Mas no 
desenvolvimento desse plano educativo e redentor, eles marcaram a época da conjunção 
de Saturno, Júpiter e Marte, no signo de Pisces, para a cobertura vibratória da descida do 
maior de todos os avatares, como foi Jesus. Então o acasalamento no campo etérico dos 
três astros ofereceu na tela celeste um “tom vibratório” ou suavidade astralina, que 
predispunha os próprios homens à expectativa de “algo” sublime e esperançoso. O 
excelso esponsalício de Jesus com a Terra, nessa mesma época, e a efusão etérica, 
astralina e mental das humanidades mais avançadas desses planetas espargiam uma 
vibração espiritual de natureza pacífica, de terna emoção e misteriosa ansiedade sobre 
os homens. 

Um lençol de fluidos puros e desconhecidos em sua doçura incomum pousava na 

face da Terra; uma estranha e sedativa aragem ondulava sobre a humanidade, 
despertando-lhe um sentimento expectante e serenando os instintos inferiores nas 
criaturas mais sensíveis. O fato de Jesus tornar-se mais tangível, emergindo em Espírito à 
periferia da Terra e ainda catalisando com o seu infinito Amor e delicado fluido cósmico 
que aflorava pela via interna do orbe, produzia uma vibração harmoniosa e incomum no 
coração dos homens.

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Em verdade, cumprira-se a profecia; o “Avatar”, o Messias, entrevisto tantas vezes 

pelos profetas do Velho Testamento, atingira a crosta material depois de um 
inconcebível esforço de auto-redução, despendido em alguns séculos, a fim de iniciar 
sua romaria sacrificial para a redenção dos terrícolas. 

 
PERGUNTA: — Mas era necessário ocorrer a conjunção planetária de Saturno, 

Júpiter e Marte para Jesus poder se encontrar na Terra? 

RAMATÍS: — A mais eficiente organização dos homens ainda é um simples arremedo 

da mais singela disciplina determinada pela Administração Sideral dos orbes, sistemas 
solares e das galáxias do Cosmo. O “acaso” não existe nas obras criadas por Deus! O 
aforismo popular de que “não cai um fio de cabelo do homem, sem que Deus não saiba”, 
explica o fato de todos os fenômenos da Vida submeterem-se à disciplina de leis 
inteligentes da criação do Universo. Se a “queda de um fio de cabelo” não se faz por 
acaso, é impossível imaginarmos a complexidade, a extensão dos esquemas, detalhes e 
planos elaborados há bilhões e bilhões de anos, pelo Alto, a fim de prever e disciplinar a 
descida dos Instrutores Espirituais à Terra, no momento exato da necessidade de 
progresso e redenção dos encarnados. O encontro planetário entre Júpiter, Saturno e 
Marte, sob o signo de Pisces, foi o cumprimento de uma etapa devidamente prevista pelos 
Mestres do atual “Grande Plano” em execução. E os estudiosos do tema astrológico 
poderão verificar que o ano de 748, da fundação de Roma, quase 9.000 anos após a 
civilização adâmica, marcou a mais exuberante conjunção de astros do vosso sistema 
solar na abóbada celeste, produzida realmente por esse poderoso grupo de planetas: 
Saturno, Júpiter e Marte. 

Assim, foi calculado o tempo exato em que se daria o esponsalício desse trio 

                                                        

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 Nota do Revisor: — Vide a obra 

Boa Nova

, ditada pelo espírito de Humberto de Campos ao médium Chico Xavier, na 

qual ele também assinala essa influência benfeitora sobre a Terra durante o advento de Jesus: “Como se o mundo 
pressentisse uma abençoada renovação de valores no tempo, em breve, todas as legiões se entregavam, sem 
resistência, ao filho do soberano assassinado. O grande império do mundo, como que influenciado por um conjunto de 
forças estranhas, descansava numa onda de harmonias e de júbilo, depois de guerras seculares e tenebrosas.” 
 

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