tua vida conforme a Lei do Senhor Criador da Vida; as energias benfeitoras absorvidas 
pelas tuas mãos ou espargidas em teu rosto, neste dia, hão de servir-te para aliviar as 
dores físicas dos nossos irmãos necessitados, até que a florescência do Amor possa 
ajudar-te a aliviá-los em espírito”. 

 
PERGUNTA: — E ser-vos-á possível descrever-nos algo do cerimonial dos 

candidatos admitidos no “Círculo Interno” dos Essênios? 

RAMATÍS: — Não podemos nos alongar em minúcias iniciáticas e violar regras que 

tinham por finalidade testemunhar aos Mestres as reações emotivas, a capacidade 
mental e o discernimento espiritual dos seus adeptos, cuja ordem fraternista ainda existe 
no mundo oculto e já se organiza e se dissemina no orbe terráqueo sob o comando do 
Cristo-Jesus. No entanto, dir-vos-emos alguma coisa quanto à sua significação espiritual 
do rito prescrito aos noviços, que após o testemunho de filiação e estágio de 
observância moral nos santuários menores, eram depois credenciados para a sua 
iniciação no Círculo Interno. 

Após o compromisso espiritual assumido diante do Mestre Maior da Iniciação, o 

noviço submetia-se aos “testes” de aptidão e controle mental, o que não achamos 
oportuno descrevê-los à ironia, descrença ou incompreensão do mundo profano ainda 
tão materializado nas suas relações humanas. O discípulo que já havia alcançado o 
grau máximo no santuário menor e se candidatava ao “Círculo Interno”, então envergava 
um hábito leve, de cor azul-celeste, símbolo da vida extraterrena, pois a tradicional veste 
branca dos Essênios era exclusiva dos iniciados nos últimos graus, cuja vida profana já 
se mostrasse imaculada e livre de críticas. Em seguida, o noviço ajoelhava-se diante do 
altar dos “sete livros sagrados”, os quais simbolizavam e aludiam ao trabalho operoso 
dos sete maiores profetas da Terra e das sete instituições fraternistas responsáveis pela 
evolução espiritual do homem. A seguir, ele submetia-se à purificação simbólica pelo 
incenso extraído do sândalo e depois se concentrava invocando os “Senhores dos 
Destinos Humanos” e rogando permissão para devotar-se também à tarefa de 
esclarecer o espírito do homem, além do compromisso anterior de aliviar-lhe as dores 
físicas. Essa face era a consagração definitiva do “homem novo”, cidadão sidéreo, que 
dali por diante passaria a operar só em função da vida eterna e superando cada vez 
mais o “homem velho” do instinto animal. O ingresso no Círculo Interno desfazia os laços 
e as ligações da personalidade humana com as especulações utilitaristas da vida 
material, pois o Essênio, dali por diante, transformava-se numa peça viva da confraria a 
serviço incondicional da redenção do espírito humano. 
       Quando o ambiente dos santuários maiores se saturava de vibrações puras e 
energéticas, pela presença de iniciados de alto quilate espiritual, ou de visitantes da 
estirpe de Jesus, então ali se condensava ectoplasma suficiente para proporcionar a 
materialização de entidades superiores e a produção da “voz direta”. Isso sucedeu na 
“Transfiguração”, no Monte Tabor, porque ali também se congregavam muitos anciãos 
do Conselho Supremo da Confraria dos Essênios. Então o influxo das vibrações 
angélicas de Jesus, conjugadas às energias emanadas dos iniciados dos demais 
santuários, produziram a “tela ectoplásmica” hipersensível, que permitiu aos espíritos de 
Elias e Moisés projetarem as suas características pessoais, dando o testemunho de que 
também haviam sido precursores da obra de Jesus, embora operando apenas na 
lavradura do terreno. 
 
 

 

 
 
 
 

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