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Jesus e a Boa Nova do Reino de Deus
PERGUNTA: — Houve algum planejamento do Alto, no sentido de coordenar as
diretrizes da orientação de Jesus na sua pregação da Boa-Nova do “Reino de Deus”, na
face da Terra?
RAMATÍS: — O Universo é regido por leis perfeitas e imutáveis tanto na dinâmica
das suas leis físicas como na regência das suas leis morais. Tudo se move num ritmo
harmonioso e seguro. Assim, quanto aos Espíritos, na longa caminhada da sua
evolução,
proporciona-lhes
sempre múltiplas
oportunidades
ou
ensejos de
desenvolverem e consolidarem a sua consciência individual, pois esta é a matriz que
lhes estrutura o caráter.
Em tais condições, todos os acontecimentos de grande projeção moral e social, que
se processam na face dos planetas, estão subordinados a um esquema de absoluta
segurança previsto pelo Governo Oculto de cada orbe. A conturbação proveniente de
surpresas ou imprevistos não existe nas manifestações panorâmicas da Criação
cósmica.
Conseqüentemente, Jesus só desceu à Terra depois do Alto programar e aprovar o
fato. Porém, quanto aos aspectos intermediários de suas atitudes, tratando-se de um
missionário de elevada hierarquia espiritual, torna-se evidente que ele não seria um
autômato acionado por “cordões” manejados do mundo invisível. Era um elevado
mensageiro eleito pela Administração Sideral para entregar à Humanidade terrena o
Código de sua própria redenção espiritual. Mas dependia, essencialmente, do seu próprio
discernimento, o seu triunfo nessa realização messiânica. Em verdade, a sua renúncia e
heroísmo absolutos é que cimentaram as bases morais do Cristianismo; embora,
naturalmente, os seus amigos invisíveis sempre o tenham assistido e confortado nas suas
horas de angústia e nas vacilações adstritas ao meio-ambiente.
Jesus aceitou o programa sacrificial da sua missão atento às diretrizes fundamentais
que ela lhe impunha, as quais examinou antes de encarnar-se. Porém, o êxito do
movimento cristão foi produto de seu próprio esforço.
Na Terra, ele teve de submeter-se a todos os imperativos próprios da família carnal,
adaptando-se a certas conveniências prosaicas da sociedade terrícola e nivelando-se às
raças e aos costumes da época. Embora se tratasse de um anjo, ele também se
obrigava a viver e participar dos acontecimentos humanos, próprios dos encarnados.
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