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Jesus e os relatos dos quatro evangelhos 

 
 
 
 
 
 

 
 
PERGUNTA: — Qual a diferença que existe entre as palavras “Evangelho”, no 

singular, e “evangelhos”, no plural? 

RAMATÍS: — “Evangelho” ou “Boa-Nova”

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 é a súmula da doutrina codificada do 

Cristianismo, enquanto “evangelhos” são os livros que fazem parte da Bíblia, 
tradicionalmente conhecidos como “evangelhos canônicos” e oficializados pela Igreja 
Católica Romana. 

Os evangelhistas Mateus, Lucas, João e Marcos reuniram as parábolas, sentenças, 

os ensinamentos e principais fatos da vida do Mestre Jesus, compondo assim a doutrina 
do Evangelho e a base indestrutível do Cristianismo. O Evangelho, portanto, é a Boa-
Nova do próprio Amor de Jesus a serviço da Revelação Divina, constituindo-se no 
roteiro de uma nova forma de vida superior. O Amado Mestre Jesus viveu de modo real 
e eficaz tudo o que ensinou, colimando a síntese de um programa de vida simples e 
realizável para o homem terreno, além de valioso evento para a felicidade do espírito 
imortal. 

Assim como o aluno serve-se de sua cartilha escolar para a alfabetização, que 

depois lhe proporciona o meio de adquirir a cultura e os recursos para o seu êxito 
pessoal no mundo, o Evangelho significa o compêndio ou o Código Superior do Espírito 
encarnado na Terra. Mas difere em sua conjugação comparada à cartilha humana, pois 
inverte-se o tratamento das pessoas pronominais, “eu”, “tu” e “ele”. Através do 
Evangelho, o homem deve conjugar em primeiro lugar a terceira pessoa, “Ele” ou Deus; 
depois a segunda, “tu” ou o “próximo” e, finalmente, “eu”, a primeira pessoa tradicional 
no mundo. Modificam-se as razões e o tratamento na conjugação habitual, pela 
abdicação da personalidade humana em favor da individualidade espiritual. 

Graças ao Evangelho de Jesus, conceituando a existência de um só Deus, 

Magnânimo e Justo, então proclamou-se a igualdade absoluta entre os homens e a sua 
confraternização como filhos de um só Pai. Mesmo que o Evangelho fosse apenas um 
arranjo fantasioso, fruto da imaginação de poetas, filósofos ou religiosos aglutinando 

                                                        

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 Marcos, 1:1; Mateus, 24:14. 

 

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