Jesus, dali por diante, fixou-se definitivamente no tema, que além de lhe assegurar
a glória entre os anjos, ainda o consagrou entre os homens — o Amor! Só pelo Amor
valia a Vida; só pelo Amor o homem se salvaria. Nenhum outro sentimento, fora do
Amor, poderia irmanar o lobo e o cordeiro, o amigo e o inimigo, o publicano e o santo, o
crente e o ateu, o mal e o bem, o rico e o pobre. O Amor, portanto, seria o lema definitivo
de todas as suas pregações, conforme ele comprovou em todos os momentos de sua
vida, de sua paixão e morte. Até o derradeiro apelo quando, do cimo da cruz e diante
das multidões alvoroçadas e sarcásticas, dirigiu ao Criador aquela rogativa patética, de
misericórdia infinita, dizendo: — “Pai! Perdoai-lhes, pois eles não sabem o que fazem!”
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